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20 de agosto de 2019

Conquistamos medalha de ouro na 11ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

Estudantes do Colégio Santo Agostinho - Contagem conquistaram medalha de ouro na 11ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), que foi realizada no último fim de semana, dias 17 e 18 de agosto, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A olimpíada teve início em maio com a participação de 18,5 mil equipes e um total de 73 mil inscritos.

A final contou com a participação de 314 equipes e 1,2 mil convocados de todos os estados brasileiros. Foram entregues 15 medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. Minas Gerais recebeu duas medalhas de ouro.

A equipe, que recebeu o nome de “Ativistas Universais”, é formada por Ana Carolina Gripp do Carmo, Ana Luiza Reis Silva e Lucas Almeida Brandão, da 3ª série do Ensino Médio, juntamente com o professor de História, Robinson Alves.

Para conquistar a vaga para a última fase da Olimpíada, os estudantes precisavam construir uma breve biografia de um personagem de relevância regional, que a história dos tradicionais currículos escolares não contemplaria e que fosse um "excluído da história", apesar da grande importância local. Eles escolheram o benzedor Mário Braz da Luz, de 86 anos, patriarca da Comunidade quilombola dos Arturos, em Contagem.

Segundo o professor Robinson, os três alunos da equipe estudam no Colégio Santo Agostinho - Contagem desde crianças e participam ativamente dos projetos que a escola oferece. “Uma educação ampla e integral permitiu a apuração da sensibilidade do olhar para o respeito e a solidariedade.  E o fato dos três alunos fazerem parte desde crianças do grupo de dança Sarandeiros, do Colégio, contribuiu para a escolha do Seu Mário e para que eles tivessem um olhar especial após visita à comunidade quilombola, associada ao congado e à cultura africana”, explica o professor, orgulhoso dos alunos.

O Sarandeiros é um projeto que busca a valorização da cultura nacional, por meio da tradução artística das manifestações populares brasileiras. “O texto apresentado pelos estudantes na 5ª fase da competição fez uma bonita conexão entre o último Arturo vivo da primeira geração desta comunidade quilombola, a religiosidade e a prática popular da benzeção”, afirma Robinson.

Os alunos finalistas explicam que os conhecimentos dos muitos anos de Colégio foram aplicados na construção de ideias e resolução de questões sobre situações sociais e políticas diversas, o que ampliou o olhar para além da sala de aula. “Estamos muito felizes. Já participamos de outras edições da Olimpíada e a cada oportunidade, aprendemos sobre temas pouco usuais na História.  Poder conhecer a história do Seu Mário nos fez perceber que a educação humana e acadêmica que temos nas diversas atividades da escola se completam e nos despertam para que, na prática, entendamos a importância da diversidade cultural para a construção de um mundo justo”, afirmam Ana Carolina, Ana Luiza e Lucas.

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